Alvorada: 7h30m.
Cá continuamos nós na cidade de Quito que se encontra rodeada por 5 grandiosos vulcões, um número bastante reduzido em comparação com os 200 que fazem parte da Cordilheira do Andes pertencentes ao Equador (e que Henry tinha que saber de cor e salteado no seu tempo de estudante).
Quito deve o seu nome a um grupo de indígenas, os Quitus, que desenvolveram as suas próprias características na arquitectura e na cerâmica e desenvolveram as suas próprias crenças religiosas.
Etimologicamente, Quito significa “metade do mundo” – ”Qui” significa metade e “to” significa Terra. É curioso que já em 11 m.a. a.C. os povos tinham noção da localização geográfica das cidades.
Bem, e se ontem tocámos na cultura equatoriana (duma maneira geral), hoje mergulhámos na cultura quitense.
Conduzidos pelo Hor-hê, visitámos primeiramente o Museo Banco Central tendo sido esta, segundo Henry, “a viagem mais curta da história do turismo”! Isto porque o museu se situa aproximadamente a 100 metros do hotel... Durante esta visita, voltámos atrás no tempo – passámos por diferentes épocas e diferentes povos (Paleoíndio, Formativo, Desenvolvimento Regional, Integração, Incas, Colonial, Independência e República).
Depois pudemos contemplar toda a cidade a partir do Mirador La Lona, destancando-se o centro histórico da cidade, onde fomos logo de seguida.
Começámos por visitar a
Praça Benalcazar (fundador da cidade em 1234), e logo depois fomos mimados com dois
bocadillos típicos: humita e empanadas.
Seguiu-se uma visita à Igreja de S. Francisco, onde o Henry nos contou a história de Cantuña. Cantunã era um indígena que tinha que construir o pátio da igreja; no entanto, não conseguiu cumprir o prazo estipulado para a construção. Entretanto, apareceu o diabo e propôs-lhe o seguinte: se Cantuña lhe desse a alma, ele acabaria por construir o pátio até amanhecer. Cantuña aceitou a proposta mas escondeu uma das pedras. Ao amanhecer, e estando o pátio pronto, o diabo exigiu a alma ao indígena, ao que ele disse: “O Pátio ainda não está pronto. Falta uma pedra.” Assim, safou-se deste “pacto com o diabo”!
De seguida dirigimo-nos à espantosa Igreja da Compañia de Jesus. O interior desta igreja está toda forrada a ouro, o que nos deixou absolutamente abismados.
Antes do almoço, visitámos o Centro Cultural Metropolitano. Aqui, visitámos a cela em que esteve preso o maior pensador do Equador, Eugénio Espejo. Apesar de ser “perigoso” devido às suas ideias, Espejo era um óptimo médico; por isso, era levado, acorrentado, ao hospital mais próximo para tratar as pessoas mais ricas.
Finalmente, no restaurante
Gran Plaza, comemos um prato típico da semana Santa do Equador –
fanesca. Assim que provámos, descobrimos que este é um prato muito condimentado, constituído por vários tipos de leguminosas, banana frita e bacalhau. EEEW! Sim, a fanesca não agradou muito aos Testudines e a outras pessoas do grupo (ainda que o Rui a tenha comido toda por culpa da Sra. Fome que o assaltava).
A seguir ao repasto, fomos conhecer a
Praça da Independência que, para além do enorme peso histórico que lhe está adjacente, reúne um grande número de quitenses. Nesta praça encontram-se dois elementos fundamentais da história de Quito: um monumento erguido em homenagem aos civis que morreram no massacre de 1809 e a casa presidencial, a “Casa Branca” de Quito.
Era então altura de regressarmos ao autocarro para voltarmos ao hotel. Pelo caminho percorremos uma rua muito tradicional da capital, onde viveram pessoas ilustres ligadas a diferentes áreas das artes. É o caso da família que possui um café onde nos serviram um canelaço e nos deliciámos com algumas músicas típicas do Equador.
Depois de banhos tomados, partimos, juntamente com 20 elementos do grupo, para o restaurante
Mosaico – onde pudemos jantar disfrutando de uma fantástica vista nocturna sobre a cidade de Quito. Durante cerca de 3 horas, o grupo conversou, riu-se e pudemos acentuar a certeza de que o grupo
es increíble!
Hasta mañana!